terça-feira, 29 de setembro de 2009

DIRIA ADEUS?

Lud
...Em frente aquela máquina – distâncias encurtadas por um mundo virtual que me anulava constantemente – recebia sua partida, sem sequer haver chegado, como um súbito e paradoxalmente aguardado soco na boca do estômago. Olhava para o que me restava de você, traços momentaneamente retidos, no lugar de passagem em que o aeroporto havia se constituído. Me doía inumana e agressivamente te imaginar com ela...Aisla! Me odiava por não saber lidar com sua falta – dessa feita legitimada, pelo maldito termo (namorando?) que desprendendo-se, brincava em frente aos meus olhos marejados. Gosto de sal na boca!
Olhava para as paredes brancas a minha frente, como se a procura de Deus, ou qualquer coisa que curasse essa ausência de ti em mim. Não o via, nem fadas, ou silfos, apesar dos milhões de incensos acesos, sequer salamamandras brincando perigosas nas chamas que projetavam formas, quem saberá se as suas? Daquele dia em diante, nunca mais as vi, nada restou além desse vórtice em que me enredava, além desse gosto seco na boca e da vertigem em me saber definitivamente ausente da vida que quis minha.

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